Através da dança e da música, projeto social resgata e valoriza a cultura tradicionalista deixada como herança pelos italianos
Colonizada por italianos,
a pequena cidade de Celso Ramos mantém muitos costumes deixados pelos se
antepassados. Orgulhosos de suas raízes, a comunidade faz questão de perpetuar
a tradição. O projeto social ‘Dançando Nossas Raízes’, que se encontra na 3°
edição e quinto ano de execução, promove muitas atividades alusivas à cultura
italiana. Patrocinado pela Enercan - Campos Novos Energia S.A., produzido pela
Associazione Triveneta di Celso Ramos, com coordenação técnica do Instituto
Humaniza, o projeto oferece atualmente gratuitamente oficinas de teclado,
violão, bandolim, sanfona, canto e dança.
Há seis anos o projeto Dançando Nossas Raízes movimenta e revive uma cultura rica e cheia de significados. As atividades ainda ajudam a garimpar talentos escondidos. Descendente de italiano, a assistente Maridiane Grassi engrandece os resultados alcançados com a implantação do projeto. “Aqui nós oferecemos a oportunidade para que crianças e adolescentes aprofundem seu conhecimento sobre a nossa cultura. Nosso passado deve ser valorizado. As crianças que estão vindo agora devem conhecer a essência dessa história. Através da música e da dança nós valorizamos e incentivamos também o talento dessas pessoas. Nas oficinas sempre um aluno se destaca”, afirma.
Bem aceito pela comunidade, o Dançando Nossas Raízes atrai muitos alunos que desejam aprender mais. Maridiane relata que quando as inscrições são abertas, logo as vagas são preenchidas. “Os alunos amam participar do projeto. Dificilmente eles faltam as aulas e são muito participativos. Este é único projeto voltado a manutenção da nossa cultura”, orgulha-se a assistente. As oficinas funcionam geralmente as sextas e sábados no espaço da Associazione Triveneta di Celso Ramos.
Rafael Fachin, professor de acordeon, considera significativa esta iniciativa para elevar a tradição na região. “Houve um tempo em que a cultura foi esquecida. Há alguns anos foi iniciado um movimento para retomar atividades tradicionalistas. Essas ações despertam nas pessoas o espirito tradicionalista da região. É bonito ver o esforço dos alunos em aprender. Eu já dei aulas para crianças e até para pessoas de 60 anos. É gratificante participar desse movimento de resgate e valorização da cultura”, declara.
O professor de violão, Marcos Moraes também falou sobre a grandeza do projeto. “O Projeto Dançando Nossas Raízes é uma resposta positiva ao empenho e a união de pessoas que acreditam na força, tradição e talento do povo de Celso Ramos. Avaliando os resultados concluímos que esse projeto é uma realidade positiva para a comunidade pela forma com que oportuniza crianças, adolescentes, jovens e adultos com essa arte transformadora e totalmente possível a todos que é a MÚSICA. Isso é consequências de comprometimento, foco, responsabilidade, interação e habilidade na forma de condução, absorção e direção da proposta executada por todos”, declarou.
Para o professor Marcos é emocionante acompanhar a evolução de cada aluno. “Este projeto que vem somando positivamente no meu trabalho pela oportunidade que tenho em poder compartilhar minhas experiências e ao mesmo tempo poder assistir de perto a transformação e evolução de cada aluno. Hoje muitos dos nossos alunos já estão contribuindo musicalmente para sua comunidade e para nós fica a sensação de dever cumprido até aqui. Estamos no início de novos tempos, e para isso precisamos a cada dia renovar nossas forças e fazer do nosso objetivo combustível para conquistarmos tudo aquilo que desejamos”, completou.
A professora de Dança, Layana Sara Grassi também é uma apaixonada pela cultura italiana e participa com orgulho desse trabalho. “Desde pequena participei do grupo de dança italiana. Quando surgiu a oportunidade de montar mais um grupo com crianças e pré-adolescentes me disponibilizei a estar como instrutora de dança, pois gosto muito da cultura italiana. Resumindo em uma palavra, o significado de tudo isso seria amor. Amor pela dança, pelas crianças, por toda a cultura italiana, por esse projeto tão bonito que é feito aqui. Hoje, o grupo infantil tem 16 crianças, e o infantojuvenil 22 pré-adolescentes. Ensaiamos nos sábados e há bastante apresentações. Queremos estar sempre bem preparados para apresentar o projeto Dançando Nossas Raízes com qualidade. Os alunos, é nítido que gostam muito de estarem ali, são bem participativos, colaborativos e estão sempre dispostos a irem aos ensaios e nas apresentações”, conta feliz.
Para Dener Souza, diretor de projetos do Instituto, “o projeto resgata, preserva e salvaguarda a cultura italiana do município, e suas manifestações artísticas, junto a crianças, adolescentes e demais moradores, não deixando que as artes de sua gente se percam com o tempo. Além disso, o projeto oportuniza a revelação de novos talentos levando à cultura a lugares muitas vezes esquecidos ou negligenciados, garantindo que alunos que não teriam acesso a educação cultural, possam ter a dignidade de participar de oficinas artísticas de qualidade de forma democrática e gratuita, além de fortalecer o giro da economia criativa na cidade e região”.
Aplicados nas aulas, ou alunos se destacam no tablado. Para mostrar sua performance, são programadas três apresentações ao ano: uma no Dia doa Pais, Dia das Mães e no Dia da Criança, além de outros convites que recebem. Nas redes sociais é possível ver todo o empenho dos alunos, coordenadores e professores para que o projeto cresça e continue cumprindo seu papel de fomentar e cultivar a cultura deixada como herança pelos italianos. Os vídeos e fotos mostram pessoas felizes e orgulhosas em carregar os valores e princípios que são passados de geração para geração.
Este é um projeto que acontece através da Lei de Incentivo à Cultura, produção cultural da Associazione Triveneta di Celso Ramos, coordenação técnica do Instituto Humaniza, patrocínio da Enercan - Campos Novos Energia S.A., e realização da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.
Galeria de Imagens
Nome do Autor: Instituto Humaniza
Fonte da Publicação: Instituto Humaniza